Recrutamento: apreciação dos currículos

No artigo de hoje vamos continuar a focar-nos no tema dos processos de recrutamento. O tópico sobre o qual nos vamos debruçar desta vez é acerca da importante fase da apreciação dos currículos e que está diretamente ligada com a posterior seleção dos candidatos indicados para irem a entrevista presencial.

Partindo da premissa de que existe um número imenso de candidatos às vagas disponibilizadas no mercado e que apenas um número bastante reduzido de candidatos está “apto” a assumir o novo desafio, percebemos o quanto se torna fundamental para as empresas prepararem-se melhor para a missão de realizar a contratação mais adequada à sua organização.

Mostramos-lhe o que pode ser feito para facilitar esta importante fase do processo de recrutamento, aprendendo a separar de forma eficaz os candidatos que realmente se tornam numa mais-valia para a empresa, daqueles que são totalmente irrelevantes.

Apreciação e triagem

Cada currículo que receba vai ser diferente. Mesmo nos casos em que foi inicialmente preenchido um formulário de candidatura, em vez do envio do tradicional CV, cada candidato acaba por interpretar as questões de forma bastante distinta. Torna-se por isso essencial que cada empresa desenvolva estratégias para conseguir fazer a apreciação e a triagem dos currículos de forma equitativa. Seguem-se alguns métodos bastante eficazes:

  • Procure por dados concretos: Se não descobrir informações claras e objectivas em relação a determinados atributos num currículo, provavelmente é porque o candidato não os possui. Aproveite para esclarecer e testar esses assuntos na entrevista.
  • Filtre o que é supérfluo: É fundamental saber distinguir entre as informações realmente relevantes para o cargo e para empresa, daquelas que são inteiramente supérfluas, como é o caso de informações pessoais (hobbies, distinções enquanto criança, desportos praticados, etc). Este excesso de informações irrelevantes e pessoais pode ficar a dever-se à falta de experiência ou qualificações do próprio candidato à vaga.
  • Comece pelo fim: A maioria dos candidatos coloca as informações que pretende “esconder” no final do currículo, na esperança que o recrutador não chegue a lê-las e se preocupe apenas em analisar os dados relevantes no início deste.
  • Avaliação das competências: Depois de passar pelos métodos de triagem acima descritos deve também prestar bastante atenção à apreciação das competências do próprio candidato e verificar se este se adequa à função a que se está a propor. Deve ter em conta se o candidato tem formação académica necessária para ter sucesso no cargo ou, em alternativa, algum tipo de certificado que ateste a sua aptidão para desempenhar a função. Outro pormenor a ter em conta é a sua experiência. Saber se o candidato tem experiência comprovada na área, ou em área semelhante, a que se candidata é sempre uma mais-valia para a empresa. Desta forma a empresa poderá dispensar uma formação mais exaustiva, para o novo colaborador aprender a desempenhar as suas novas funções, que iria acarretar, inevitavelmente, maiores custos para a organização.

Acima de tudo, o currículo de um candidato a emprego precisa manifestar claramente o seu objetivo profissional. E este objetivo deve estar relacionado, preferencialmente, com a vaga oferecida pela empresa.


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